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terça-feira, 6 de novembro de 2007

TV E IMBECILIZAÇÃO DO POVO

Cada vez mais estou convencido de que a TV Brasileira é a maior agencia de imbecilização do nosso povo. Com a desculpa de que "é disso que o povo gosta", a TV Brasileira se imbeciliza e imbeciliza. Agindo assim (“movidos pelo é disso que o povo gosta”), esquecem que o povo sempre foi tratado com "cesta básica": seja de alimentação, seja de saúde, seja de educação e, portanto, de cultura, de formação e de informação; esquecem que se se oferece coisa boa, o povo também gosta. Mas ao povo tem-se negado o poder de escolha: ele escolhe entre as imbecilidades que lhe são oferecidas. E dessa forma a "opinião pública" ou a "opinião nacional", acaba sendo um produto de repetitivos processos de “idiotização”; processos de empobrecimento das formas de discernimento, processos estreitamento do “senso comum”; A “Opinião Nacional”, atualmente não ultrapassa o estreitismo das questões colocadas pelo “Você Decide”.
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Na verdade, as elites brasileiras, possuidoras do poderio midiático estão pouco “se lixando” para o que ocorre com a “formação da opinião pública”, da “opinião nacional”. E tenho ficado cada vez mais angustiado em saber que programas inteligentes na nossa TV estão cada vez mais escassos. A "baixaria" é geral: em todas as TV's – inclusive e principalmente na Globo. Durante a semana, os filmes se encarregam de promover o "imaginário da violência e da destruição", visto que não há um que não se estabeleça a partir das cenas em que estreiam muito sangue, muita bala, muito "terrorismo", muita violência (e depois reclamamos porque a juventude ou a sociedade como um todo é violenta e queima índio vivo em Brasília).
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Filmes bons – incluindo a produção nacional recente – onde encontramos? Em que canal? Enquanto isso o Faustão, o Gugu, Ratinho, a Márcia, o Canário e toda essa 'laia', ganha terreno e ajuda a confundir o resto e a aumentar a "abestalhação" da população, a midiatizar, a sensacionalizar e a banalizar os nossos grandes temas; nossos grandes males. Espaços reservados para a produção da atitude cidadã, estão cada vez mais escassos: são banidos pelo processo de concorrência para ver quem imbeciliza mais. Nos domingos é preciso ter muito 'saco' para agüentar as besteiras e as apelações. Depois a globo lança uma campanha com o mote: “Como salvar um pais através da educação”. Mas ela não se inclui como (des)educadora.
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[Mensagem enviada para o “Boca Livre” (site da Globo na Internet), em 1998. Mas não foi ao ar, mesmo a boca sendo livre].