TENHO UM VERSO AVESSO, TORTO
MORTO DE TANTO SER VERSO
CERTO QUE QUER SER O INVERSO
NASCEU PRA BUSCAR ESPAÇOS
BRANCOS, PRETOS, POUCO, AOS MAÇOS
CONTANTO QUE LHE CAIBA INTEIRO
TENHO UM VERSO CONPANEIRO
QUE GUARDA AS COISAS QUE DIGO
BRIGO, REZO, ESPRAGUEIJO
TUDO NA BOCA DO VERSO
TENHO ATESTADO DE LOUCO
QUE VEIO DEPOIS DO VERSO
TENHO TAMBÉM ESTADO AVESSO
QUE É O PREÇO DE TER UM VERSO
QUE SE PARECE COMIGO
(Pinzoh, Outubro/97)
Um comentário:
Vou começar do começo, professor, como diria o outro. E nada melhor que iniciar lendo um poema já consagrado. A vingança pelo blog! (ótima sacada), ou melhor, a vingança pela Palavra (arma de destruição e construção incomparáveis). Do verso fazer-se verso, também. Saudações, Germano.
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