Juazeiro, BA, 04 de março de 2007
Caríssimo José Alberto Gonçalves Lopes
Presidente da ACCORD
E demais amigos da Rádio Curaçá FM
Em primeiríssimo lugar gostaria de agradecer pelo convite que me fazem para me tornar parte da equipe de cronistas da Rádio Curaçá FM. Fico realmente lisonjeado! No entanto, coloco apenas uma prévia condição para o aceite: que esta carta-resposta seja a minha primeira crônica para a Curaçá FM, pois é nela onde exponho a vocês a minha particular (e precária) visão das coisas, e onde antecipo os riscos que podem estar correndo. O meu intuito, agindo assim, é apenas de evitar que vocês comprem gato por lebre! Por outro lado isso estaria me poupando do esforço de ter que, além de escrever esta carta, ainda escrever uma primeira crônica para a rádio. São estes os meus termos para o aceite!
Passo então a expor o meu modo de encarar o compromisso e a concomitante responsabilidade que estão implicados na manutenção da existência de uma rádio comunitária, em uma cidade interiorana como Curaçá, no atual estado de nossa civilização.
Gostaria de retomar aqui uma frase sua, José Alberto, na única reunião da ACCORD da qual participei. Diante de uma colocação minha, sobre a necessidade de inovar, você afirmou que “não podemos começar as coisas já inovando”. Nesse ponto nós estamos substancialmente em desacordo. A inovação é inerente ao reinício dos ciclos de formação e integração das novas gerações, mesmo em situações de tradições muito fechadas, o que não é o caso aqui. A inovação é o que faz a história andar, é a produção de um desvio criativo, antes mesmo de a criatividade ser aprisionada no establishment institucional das tradições conservadoras. A inovação é, inclusive, um dos discursos mais potentes hoje, no interior dos processos de formação dos gestores dos novos negócios do mundo. A inovação é ainda o que pode mais perfeitamente responder à pergunta: como é que faz para andar na frente? Portanto, é perfeitamente possível – e até desejável – que a experiência desta rádio inicie inovando, até porque estamos todos nós aprendendo, e essa abertura nos levaria mais facilmente à inovação.
Mas, para inovar, meus caro, é preciso exercitar a dúvida, fugir do óbvio, pensar, inventar linhas de fuga em relação aos caminhos já afundados. Ultimamente vivemos de cópias baratas, de plágios, de pirataria. Seríamos mais autênticos se fôssemos nós os inventores de discursividade, os inventores de novas possibilidades criativas para a comunicação, e não meramente os plagiadores.
Acontece que pensar na atual situação do mundo se tornou uma tarefa penosa que ninguém mais quer se dar ao trabalho. Tudo parece estar disponível em algum lugar para ser copiado. A internet tornou-se o mar onde se pesca tudo, inclusive as falsas cópias, que sequer checamos a autenticidade. Nesse sentido – tenho discutido isso com os alunos de Comunicação Social na UNEB –, a tão aclamada “sociedade da informação” tem se tornado a da impossibilidade da comunicação, exatamente porque a comunicação tornou-se o lugar por excelência da mera simulação; o lugar do simulacro, da invenção das realidades e da produção da necessidade e do gosto, para dispor massas de consumidores anestesiados que sustentam a máquina do capitalismo mundial integrado! A questão é: uma rádio comunitária deve apenas se prestar a ser mais uma extensão disso? É possível que ela aponte outra direção? Qual é mesmo o seu sentido político? É enxergar a política no jogo dos “lados partidários” locais, ou enxergá-la para além dessa fronteira, nas maquinarias mais complexas de produção do desejo, do consumo e da alienação?
Por exemplo: ouvi também naquela mesma reunião à qual já me referi que a rádio tem que atender ao gosto do povo. Ora, muito bem! Isso significa que se o povo preferiu, por exemplo, eleger um determinado político, nós temos apenas que aceitar isso como um determinismo – inclusive sem considerar os modos pelos quais se produzem as inclinações políticas, hoje fruto cada vez mais dos planejamentos publicitários? O que é o gosto do povo? Cada um trás o seu gosto de berço? Gosto é que nem c., cada um tem o seu? Estamos dispostos a entender que processos complexos produzem hoje o chamado gosto popular? Alguém de vocês já perguntou por que certos estilos musicais, por exemplo, tocam mais nas rádios? Alguém já perguntou ao gerente do BOMPREÇO, em Petrolina, porque sempre que a gente entra lá, está sendo exibido o DVD de uma determinada banda ou artista? Já tentaram ver como funcionam os esquemas de vendagens nas maiores lojas de disco? Alguém, por exemplo, já ouviu falar em jabá? Já ouviram falar em Indústria Cultural? Sabem no que ela consiste? Entendem que a reiteração de certos produtos não é apenas fruto de uma espontaneidade popular dos consumidores? São estas as minhas questões para vocês.
Se me pedem para ser cronista da Rádio Curaçá FM, não esperem mais do que a minha disposição em problematizar estes lugares comuns, amplamente reiterados, quando se trata de discutir a comunicação, ou o gosto do povo, ou qualquer outro chavão banalizado. Como educador não suporto mais ouvir alguém dizer na imprensa que tudo é questão de educação. Enquanto isso, não apenas a educação continua sendo tratada como pano de chão, como também ela é reduzida à educação escolar. Como educador tenho me disposto a saber, por exemplo, dos responsáveis pela mídia em geral, quais suas responsabilidades com essa educação que eles mesmos dizem que está faltando.
Agora mesmo há uma discussão suscitada pelas recentes cenas de barbárie, sobre a redução da maioridade penal. Todos os que se opõem a isso dizem que em vez de reduzir a maioridade penal é preciso dar educação. Mas ninguém diz que parte da barbarização que estamos vendo, é fruto da reiteração da barbárie por parte dos meios de comunicação; é fruto da estética da barbárie, cujo sangue das telas respinga na vida real. Mas ninguém responsabiliza a mídia por isso. Ela própria faz-se de desentendida e transfere a responsabilidade pela “salvação da sociedade” à escola. E em geral culpa governo. Quer dizer que todo mundo pode “deseducar” e apenas a escola e o governo devem educar? Todo mundo deve continuar ganhando dinheiro vendendo banalidade e depois a conta fica com a escola e o governo? Essa lógica não se difere da lógica do narcotráfico, pois hoje em dia não são apenas os narcotraficantes que vivem de vender drogas – inclusive porque certos produtos culturais têm os mesmos efeitos psicoativos que qualquer narcótico. Vamos encarar os fatos!
Assim sendo, não posso acreditar numa rádio, comunitária ou não, que não se preste a problematizar isso! E, sendo comunitária, o espectro das motivações que a fizeram existir, lhe convoca a ser vetor dessa problematização.
Curaçá é, como qualquer cidadezinha do interior, o espaço primordial para a expansão de atividades e negócios de toda ordem. Atualmente ela está atravessada pela lógica da fuleragem pública. O “fulero” (ou fulheiro, como consta no dicionário) hoje virou signo de moralidade. E quem produziu Isso? E, diante disso, tudo que podemos fazer é festejar e reiterar essa virada moral e ética?
Eu não acho que o gosto do povo é isento de manipulação. Não acredito em sua “santidade” e isenção. Eu não acho que as coisas merecem apenas ser entregues à lógica das quantidades consumidoras. Eu não acho que a cidade deva ser apenas o palco generalizado dos negócios – que produzem todo tipo de lixo material e imaterial. Não acho que esta atitude liberal nos leva a lugar algum. Nesse sentido, entendo que a contribuição de uma rádio como esta é potencializar a condição da cidadania? É provocar sua melhoria! É animar um debate público das questões públicas? É ser guardiã da esfera pública, que não diz respeito apenas ao que é da Prefeitura, mas diz respeito ao comum. É impedir que fiquemos presos a uma nova caverna de Platão – cujas sombras agora podem ser animadas e projetadas não nas paredes, mas nas telas, pelos recursos tecnológicos dos quais dispomos.
Uma rádio como esta não pode se dar ao luxo de ser apenas uma vitrola cuja caixa de som tem um alcance maior. Ela precisa se converter em espaço de problemtização. Precisa chamar à responsabilidade as autoridades locais. Precisa saber da justiça local, que proíbe que os bares funcionem depois das vinte e três horas, o que mais têm a propor para a cidade, para as juventudes, para as crianças. Precisa saber dos políticos se eles estão interessados apenas no espetáculo, na política de “pão e circo”, através da qual fazem a manutenção de suas posições e privilégios, impedindo que o povo pense sobre isso. Precisa saber das lideranças se apenas se preocupam com suas auto-imagens. Esse é o espaço que eu acho que esta rádio pode ocupar.
O resto é manutenção do entretenimento alienador, e qualquer porta-malas de carro pode fazer muito bem este trabalho.
Caso desejem que eu pertença à equipe de cronistas da Rádio Curaçá FM, comecem por admitir essa perspectiva de crônica.
Atenciosamente
Josemar da Silva Martins (Pinzoh)
Caríssimo José Alberto Gonçalves Lopes
Presidente da ACCORD
E demais amigos da Rádio Curaçá FM
Em primeiríssimo lugar gostaria de agradecer pelo convite que me fazem para me tornar parte da equipe de cronistas da Rádio Curaçá FM. Fico realmente lisonjeado! No entanto, coloco apenas uma prévia condição para o aceite: que esta carta-resposta seja a minha primeira crônica para a Curaçá FM, pois é nela onde exponho a vocês a minha particular (e precária) visão das coisas, e onde antecipo os riscos que podem estar correndo. O meu intuito, agindo assim, é apenas de evitar que vocês comprem gato por lebre! Por outro lado isso estaria me poupando do esforço de ter que, além de escrever esta carta, ainda escrever uma primeira crônica para a rádio. São estes os meus termos para o aceite!
Passo então a expor o meu modo de encarar o compromisso e a concomitante responsabilidade que estão implicados na manutenção da existência de uma rádio comunitária, em uma cidade interiorana como Curaçá, no atual estado de nossa civilização.
Gostaria de retomar aqui uma frase sua, José Alberto, na única reunião da ACCORD da qual participei. Diante de uma colocação minha, sobre a necessidade de inovar, você afirmou que “não podemos começar as coisas já inovando”. Nesse ponto nós estamos substancialmente em desacordo. A inovação é inerente ao reinício dos ciclos de formação e integração das novas gerações, mesmo em situações de tradições muito fechadas, o que não é o caso aqui. A inovação é o que faz a história andar, é a produção de um desvio criativo, antes mesmo de a criatividade ser aprisionada no establishment institucional das tradições conservadoras. A inovação é, inclusive, um dos discursos mais potentes hoje, no interior dos processos de formação dos gestores dos novos negócios do mundo. A inovação é ainda o que pode mais perfeitamente responder à pergunta: como é que faz para andar na frente? Portanto, é perfeitamente possível – e até desejável – que a experiência desta rádio inicie inovando, até porque estamos todos nós aprendendo, e essa abertura nos levaria mais facilmente à inovação.
Mas, para inovar, meus caro, é preciso exercitar a dúvida, fugir do óbvio, pensar, inventar linhas de fuga em relação aos caminhos já afundados. Ultimamente vivemos de cópias baratas, de plágios, de pirataria. Seríamos mais autênticos se fôssemos nós os inventores de discursividade, os inventores de novas possibilidades criativas para a comunicação, e não meramente os plagiadores.
Acontece que pensar na atual situação do mundo se tornou uma tarefa penosa que ninguém mais quer se dar ao trabalho. Tudo parece estar disponível em algum lugar para ser copiado. A internet tornou-se o mar onde se pesca tudo, inclusive as falsas cópias, que sequer checamos a autenticidade. Nesse sentido – tenho discutido isso com os alunos de Comunicação Social na UNEB –, a tão aclamada “sociedade da informação” tem se tornado a da impossibilidade da comunicação, exatamente porque a comunicação tornou-se o lugar por excelência da mera simulação; o lugar do simulacro, da invenção das realidades e da produção da necessidade e do gosto, para dispor massas de consumidores anestesiados que sustentam a máquina do capitalismo mundial integrado! A questão é: uma rádio comunitária deve apenas se prestar a ser mais uma extensão disso? É possível que ela aponte outra direção? Qual é mesmo o seu sentido político? É enxergar a política no jogo dos “lados partidários” locais, ou enxergá-la para além dessa fronteira, nas maquinarias mais complexas de produção do desejo, do consumo e da alienação?
Por exemplo: ouvi também naquela mesma reunião à qual já me referi que a rádio tem que atender ao gosto do povo. Ora, muito bem! Isso significa que se o povo preferiu, por exemplo, eleger um determinado político, nós temos apenas que aceitar isso como um determinismo – inclusive sem considerar os modos pelos quais se produzem as inclinações políticas, hoje fruto cada vez mais dos planejamentos publicitários? O que é o gosto do povo? Cada um trás o seu gosto de berço? Gosto é que nem c., cada um tem o seu? Estamos dispostos a entender que processos complexos produzem hoje o chamado gosto popular? Alguém de vocês já perguntou por que certos estilos musicais, por exemplo, tocam mais nas rádios? Alguém já perguntou ao gerente do BOMPREÇO, em Petrolina, porque sempre que a gente entra lá, está sendo exibido o DVD de uma determinada banda ou artista? Já tentaram ver como funcionam os esquemas de vendagens nas maiores lojas de disco? Alguém, por exemplo, já ouviu falar em jabá? Já ouviram falar em Indústria Cultural? Sabem no que ela consiste? Entendem que a reiteração de certos produtos não é apenas fruto de uma espontaneidade popular dos consumidores? São estas as minhas questões para vocês.
Se me pedem para ser cronista da Rádio Curaçá FM, não esperem mais do que a minha disposição em problematizar estes lugares comuns, amplamente reiterados, quando se trata de discutir a comunicação, ou o gosto do povo, ou qualquer outro chavão banalizado. Como educador não suporto mais ouvir alguém dizer na imprensa que tudo é questão de educação. Enquanto isso, não apenas a educação continua sendo tratada como pano de chão, como também ela é reduzida à educação escolar. Como educador tenho me disposto a saber, por exemplo, dos responsáveis pela mídia em geral, quais suas responsabilidades com essa educação que eles mesmos dizem que está faltando.
Agora mesmo há uma discussão suscitada pelas recentes cenas de barbárie, sobre a redução da maioridade penal. Todos os que se opõem a isso dizem que em vez de reduzir a maioridade penal é preciso dar educação. Mas ninguém diz que parte da barbarização que estamos vendo, é fruto da reiteração da barbárie por parte dos meios de comunicação; é fruto da estética da barbárie, cujo sangue das telas respinga na vida real. Mas ninguém responsabiliza a mídia por isso. Ela própria faz-se de desentendida e transfere a responsabilidade pela “salvação da sociedade” à escola. E em geral culpa governo. Quer dizer que todo mundo pode “deseducar” e apenas a escola e o governo devem educar? Todo mundo deve continuar ganhando dinheiro vendendo banalidade e depois a conta fica com a escola e o governo? Essa lógica não se difere da lógica do narcotráfico, pois hoje em dia não são apenas os narcotraficantes que vivem de vender drogas – inclusive porque certos produtos culturais têm os mesmos efeitos psicoativos que qualquer narcótico. Vamos encarar os fatos!
Assim sendo, não posso acreditar numa rádio, comunitária ou não, que não se preste a problematizar isso! E, sendo comunitária, o espectro das motivações que a fizeram existir, lhe convoca a ser vetor dessa problematização.
Curaçá é, como qualquer cidadezinha do interior, o espaço primordial para a expansão de atividades e negócios de toda ordem. Atualmente ela está atravessada pela lógica da fuleragem pública. O “fulero” (ou fulheiro, como consta no dicionário) hoje virou signo de moralidade. E quem produziu Isso? E, diante disso, tudo que podemos fazer é festejar e reiterar essa virada moral e ética?
Eu não acho que o gosto do povo é isento de manipulação. Não acredito em sua “santidade” e isenção. Eu não acho que as coisas merecem apenas ser entregues à lógica das quantidades consumidoras. Eu não acho que a cidade deva ser apenas o palco generalizado dos negócios – que produzem todo tipo de lixo material e imaterial. Não acho que esta atitude liberal nos leva a lugar algum. Nesse sentido, entendo que a contribuição de uma rádio como esta é potencializar a condição da cidadania? É provocar sua melhoria! É animar um debate público das questões públicas? É ser guardiã da esfera pública, que não diz respeito apenas ao que é da Prefeitura, mas diz respeito ao comum. É impedir que fiquemos presos a uma nova caverna de Platão – cujas sombras agora podem ser animadas e projetadas não nas paredes, mas nas telas, pelos recursos tecnológicos dos quais dispomos.
Uma rádio como esta não pode se dar ao luxo de ser apenas uma vitrola cuja caixa de som tem um alcance maior. Ela precisa se converter em espaço de problemtização. Precisa chamar à responsabilidade as autoridades locais. Precisa saber da justiça local, que proíbe que os bares funcionem depois das vinte e três horas, o que mais têm a propor para a cidade, para as juventudes, para as crianças. Precisa saber dos políticos se eles estão interessados apenas no espetáculo, na política de “pão e circo”, através da qual fazem a manutenção de suas posições e privilégios, impedindo que o povo pense sobre isso. Precisa saber das lideranças se apenas se preocupam com suas auto-imagens. Esse é o espaço que eu acho que esta rádio pode ocupar.
O resto é manutenção do entretenimento alienador, e qualquer porta-malas de carro pode fazer muito bem este trabalho.
Caso desejem que eu pertença à equipe de cronistas da Rádio Curaçá FM, comecem por admitir essa perspectiva de crônica.
Atenciosamente
Josemar da Silva Martins (Pinzoh)
4 comentários:
Bom, a minha adimiração por tudo q escreves é algo inegável. Portanto, parabenizo-lhe por tudo e espero que todas as pessoas da nossa querida Curaçá possa contar com as suas crônicas. Abraço
Eu poderia dizer bravo, explêndido, magnífico... Mas, vou ficar com algo mais expressivo: DE F..ER!!! É isso aí meu camarada. O sangue PUNK que corre nessas veias é eterno. No decorrer da minha vida sempre me deparei com o que disseram: “não podemos começar as coisas já inovando”. Não teria comentário melhor do que o exposto: "A inovação é inerente ao reinício dos ciclos de formação e integração das novas gerações, mesmo em situações de tradições muito fechadas, o que não é o caso aqui. A inovação é o que faz a história andar, é a produção de um desvio criativo, antes mesmo de a criatividade ser aprisionada no establishment institucional das tradições conservadoras. A inovação é, inclusive, um dos discursos mais potentes hoje, no interior dos processos de formação dos gestores dos novos negócios do mundo. A inovação é ainda o que pode mais perfeitamente responder à pergunta: como é que faz para andar na frente?"
Sempre fui sua admiradora, apesar de nunca termos conversado. Algumas vezes que assisti suas palestras ficava encantada, e pensava um dia irei bater um bom papo com essa figura magnífica.
Abraços
Bastante coerente...
(Germano)
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