Hoje meus eus, são tão outros
Que os desconheço...
Às vezes peço um tempo
Às vezes não há tempo
Pra objetar qualquer pedido
E ainda assim, de atrevido
Eu deixo que um deles
Aquele que mais de mim se esquece
Que assuma o rumo do dia
E nele projete a noite
Hoje, o outro que instalou-se
Como se pouco não fosse
Quer que eu te diga tudo
Que eu te informe
Que eu te avise
Que, embora eu não precise,
O adorno mais bonito
Que a noite pode me dar
Seja seu corpo estendido
No lastro desse meu outro
Enquanto a noite durar
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