Não havia razão para estar ali
De olho grudado no nada
Parado em frente à TV
Sem ver o que dela emanava
Não havia sentido esse estado
Evasivo do estado de si
Ausentado da física da sala
Esvaído do peso do ser
Galopando distância indizível
Madruguei sobre vales e montes
Constatei o curvo horizonte
Num instante de pura hipnose
Era tu, que eu buscava em imagem
Se era longe, ou bem dentro de mim
Eu não sei responder, pouco importa
Já voltei do estado de transe
Resignei esse fato indelével
Da cruel distância, inefável
Que separa tua face da minha
Acordei! E procuro dormir!
2 comentários:
Como a flor metálica que existe e não existe no asfalto do tempo.
Como regá-la?
A poesia sempre vive, professor.
Força...
"Constatei o curvo horizonte..."
belissimo..
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