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domingo, 26 de dezembro de 2010

ANTES DE DORMIR


A tocha da TV apaga-se, após os minutos programados. Resta a cabeça acesa, chiando entre os zumbidos da ausência da TV. E o escuro fez-se claro, claríssimo escuro! Uma tela inteira, tingindo todos os lugares, colando os olhos ao olhado. As primeiras imagens, manchas, nódoas, como aquelas que as goteiras deixam nas paredes. Como uma espécie de mofo! Depois as formas geométricas, esfera brilhante, dança de círculos, caleidoscópio, descanso do tornado. Fico esperando a vez do spray do sono, mas ele se demora em suas composições de formas, até o ponto em que os olhos inventam sua própria escuridão. Ou não!

Um comentário:

Ana Carla Guimaraes disse...

Genial.
você traduziu exatamente o que acontece nos intervalos de "desapego" da tv apelativa..rs
Sem tv logo vem a companhia da "insônia" dinâmica.
bjuss