Pesquisar este blog

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Certezas duvidosas

Certeza tem dessas coisas
De um dia se quebrar
Parece uma coisa frágil
E tem fazes como a lua
Ora cresce, ora míngua
Quando cresce é algo claro
Mas claro que há escuros!
E se míngua a face turva
Mas resta réstias de luz
Nalgum ponto reto ou curvo.

Certeza é coisa que cega
A dúvida quase esclarece
É como uma meta-prece
Sem um santo definido
Mas cujo jeito é aquele
Que ninguém acaso disse
Mas doutro jeito não serve.

Será certo ter certeza?
É duvidoso estar certo?
É complicado, é complexo
Como se diz hoje em dia.
É preciso o afastamento
Para mirar doutro ângulo
Não se vê bem, bem de perto
Parar para por suspenso
O certo que de tão certo
Já se tornou desonesto.

Nenhum comentário: