Poesia, se for em noite de lua,
é lavrar a palavra no corpo,
corporificar metáfora no gesto,
grafar desejo na pele nua...
(Ah, meu Deus! Eu não posso ficar lhe mandando poesias, pra não arranhar o seu corpo com minhas metáforas)
Mas se quer mesmo se arriscar...
Primeiro um papel em branco,
um instrumento que rabisque
e uma idéia em deriva...
invente!
Faça de conta que é brincadeira
e recorte palavras, e monte seqüências
e jogue com os sentidos duplos
e com os efeitos fortes,
daquelas palavras que cortam
como navalha, gilete e machado
posicione os pesos diferentes
quando a questão for fazer sentir
e rasgue o verbo
e borre adjetivos límpidos
tudo é uma questão de desencanar
– até o gozo!!!
e de fricção também...
E se for preciso leia Leminski
e tire faísca de pedra
(por puro prazer da fricção)
(Se for o caso me peça ajuda!)
Nenhum comentário:
Postar um comentário